domingo, 13 de maio de 2012




"Amor só dura em liberdade. O ciúme é só vaidade. Sofro, mas eu vou te libertar..." (A Maçã - Raul Seixas/ Paulo Coelho)

Não. Ela não quis o retorno, a resposta, a réplica. Não. Ela quis a coragem revestida no abrir o peito e deixá-lo ali, totalmente à mostra. Carne exposta. Ela quis chamar o medo pelo nome e encará-lo. “Toma, Medo. Aqui estão as minhas contas contigo”, ela falou. E nas longas contas apresentadas lá estava seu coração como entrega limpa do amor que ela nutria por ele. Mas o Medo não quis deixá-la ir sem antes exigir de o pagamento justo pela audácia da coragem. E ela pagou com a liberdade. O Medo não entendeu, mas deu baixa no passivo e ela ficou quite com sua escuridão. Deixou livre o seu amado, como verso solto ao vento, pagando com a saudade o alto preço do seu amor.